tag:blogger.com,1999:blog-15025926183467439062024-03-14T05:04:19.755-07:00Pros que estão em casa...Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.comBlogger54125tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-13244539188776101802012-11-12T16:04:00.000-08:002012-11-30T16:14:36.256-08:00 Normalmente...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQYFRrP9KeQOEmBcTZEutO-wA1rdPJ9qztHScfsTpPESuTMEyZ9gXW6kKYXI1Jr3dLn5xPd2Wau6CO3y_2c6IaiR362VPVydYyjSP7YAnE1u2sbRsjXcP6yM3Ai__vXSYCKMbDxYwoq-FM/s1600/Simplicidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQYFRrP9KeQOEmBcTZEutO-wA1rdPJ9qztHScfsTpPESuTMEyZ9gXW6kKYXI1Jr3dLn5xPd2Wau6CO3y_2c6IaiR362VPVydYyjSP7YAnE1u2sbRsjXcP6yM3Ai__vXSYCKMbDxYwoq-FM/s320/Simplicidade.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="right">
<b><br /></b></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><br />
<br />
Houve uma época em que eu pensava que as pessoas deviam ter um gatilho na garganta:
quando pronunciasse — <i>eu te amo</i> —, mentindo, o gatilho disparava e elas
explodiam. Era uma defesa intolerante contra os levianos e que refletia sem dúvida uma
enorme insegurança de seu inventor. Insegurança e inexperiência. Com o passar dos anos
a idéia foi abandonada, a vida revelou-me sua complexidade, suas nuanças. Aprendi que
não é tão fácil dizer <i>eu te amo</i> sem pelo menos achar que ama e, quando a pessoa
mente, a outra percebe, e se não percebe é porque não quer perceber, isto é: quer
acreditar na mentira. Claro, tem gente que quer ouvir essa expressão mesmo sabendo que é
mentira. O mentiroso, nesses casos, não merece punição alguma.<br />
<br />
Por aí já se vê como esse negócio de amor é complicado e de contornos imprecisos.
Pode-se dizer, no entanto, que o amor é um sentimento radical — falo do amor-paixão
— e é isso que aumenta a complicação. Como pode uma coisa ambígua e duvidosa
ganhar a fúria das tempestades? Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento:
fluido e arrasador. É como o vento, também às vezes doce, brando, claro, bailando
alegre em torno de seu oculto núcleo de fogo.<br />
<br />
O amor é, portanto, na sua origem, liberação e aventura. Por definição,
anti-burguês. O próprio da vida burguesa não é o amor, é o casamento, que é o amor
institucionalizado, disciplinado, integrado na sociedade. O casamento é um contrato: duas
pessoas se conhecem, se gostam, se sentem a traídas uma pela outra e decidem viver
juntas. Isso poderia ser uma COisa simples, mas não é, pois há que se inserir na ordem
social, definir direitos e deveres perante os homens e até perante Deus. Carimbado e
abençoado, o novo casal inicia sua vida entre beijos e sorrisos. E risos e risinhos dos
maledicentes. Por maior que tenha sido a paixão inicial, o impulso que os levou à
pretoria ou ao altar (ou a ambos), a simples assinatura do contrato já muda tudo. Com o
casamento o amor sai do marginalismo, da atmosfera romântica que o envolvia, para entrar
nos trilhos da institucionalidade. Torna-se grave. Agora é construir um lar, gerar
filhos, criá-los, educá-los até que, adultos, abandonem a casa para fazer sua própria
vida. Ou seja: se corre tudo bem, corre tudo mal. Mas, não radicalizemos: há exceções
— e dessas exceções vive a nossa irrenunciável esperança.<br />
<br />
Conheci uma mulher que costumava dizer: não há amor que resista ao tanque de lavar (ou
à máquina, mesmo), ao espanador e ao bife com fritas. Ela possivelmente exagerava, mas
com razão, porque tinha uns olhos ávidos e brilhantes e um coração ansioso. Ouvia o
vento rumorejar nas árvores do parque, à tarde incendiando as nuvens e imaginava quanta
vida, quanta aventura estaria se desenrolando naquele momento nos bares, nos cafés, nos
bairros distantes. À sua volta certamente não acontecia nada: as pessoas em suas
respectivas casas estavam apenas morando, sofrendo uma vida igual à sua. Essa
inquietação bovariana prepara o caminho da aventura, que nem sempre acontece. Mas
dificilmente deixa de acontecer. Pode não acontecer a aventUra sonhada, o amor louco, o
sonho que arrebata e funda o paraíso na terra. Acontece o vulgar adultério - o assim
chamado -, que é quase sempre decepcionante, condenado, amargo e que se transforma numa
espécie de vingança contra a mediocridade da vida. É como uma droga que se toma para
curar a ansiedade e reajustar-se ao <i>status quo</i>. Estou curada, ela então se diz
— e volta ao bife com fritas.<br />
<br />
Mas às vezes não é assim. Às vezes o sonho vem, baixa das nuvens em fogo e pousa aos
teus pés um candelabro cintilante. Dura uma tarde? Uma semana? Um mês? Pode durar um
ano, dois até, desde que as dificuldades sejam de proporção suficiente para manter vivo
o desafio e não tão duras que acovardem os amantes. Para isso, o fundamental é saber
que tudo vai acabar. O verdadeiro amor é suicida. O amor, para atingir a ignição
máxima, a entrega total, deve estar condenado: a consciência da precariedade da
relação possibilita mergulhar nela de corpo e alma, vivê-la enquanto morre e morrê-la
enquanto vive, como numa desvairada montanha-russa, até que, de repente, acaba. E é
necessário que acabe como começou, de golpe, cortado rente na carne, entre soluços,
querendo e não querendo que acabe, pois <i>o espírito humano não comporta tanta
realidade</i>, como falou um poeta maior. E enxugados os olhos, aberta a janela, lá
estão as mesmas nuvens rolando lentas e sem barulho pelo céu deserto de anjos. O alívio
se confunde com o vazio, e você agora prefere morrer.<br />
<br />
A barra é pesada. Quem conheceu o delírio dificilmente se habitua à antiga banalidade.
Foi Gogol, no <i>Inspetor Geral</i> quem captou a decepção desse despertar. O falso
inspetor mergulhara na fascinante impostura que lhe possibilitou uma vida de sonho:
homenagens, bajulações, dinheiro e até o amor da mulher e da filha do prefeito. Eis
senão quando chega o criado, trazendo-lhe o chapéu e o capote ordinário, signos da sua
vida real, e lhe diz que está na hora de ir-se pois o verdadeiro inspetor está para
chegar. Ele se assusta: mas então está tUdo acabado? Não era verdade o sonho? E assim
é: a mais delirante paixão, terminada, deixa esse sabor de impostura na boca, como se a
felicidade não pudesse ser verdade. E no entanto o foi, e tanto que é impossível
continuar vivendo agora, sem ela, normalmente. Ou, como diz Chico Buarque: sofrendo
normalmente.<br />
<br />
Evaporado o fantasma, reaparece em sua banal realidade o guardaroupa, a cômoda, a
camisa usada na cadeira, os chinelos. E tUdo impregnado da ausência do sonho, que é
agora uma agulha escondida em cada objeto, e te fere, inesperadamente, quando abres a
gaveta, o livro. E te fere não porque ali esteja o sonho ainda, mas exatamente porque já
não está: esteve. Sais para o trabalho, que é preciso esquecer, afundar no dia-a-dia,
na rotina do dia, tolerar o passar das horas, a conversa burra, o cafezinho, as notícias
do jornal. Edifícios, ruas, avenidas, lojas, cinema, aeroportos, ônibus, carrocinhas de
sorvete: o mundo é um incomensurável amontoado de inutilidades. E de repente o táxi que
te leva por uma rua onde a memória do sonho paira como um perfume. Que fazer? Desviar-se
dessas ruas, ocultar os objetos ou, pelo contrário, expor-se a tudo, sofrer tudo de uma
vez e habituarse? Mais dia menos dia toda a lembrança se apaga e te surpreendes
gargalhando, a vida vibrando outra vez, nova, na garganta, sem culpa nem desculpa. E
chegas a pensar: quantas manhãs como esta perdi burramente! O amor é uma doença como
outra qualquer.<br />
<br />
E é verdade. Uma doença ou pelo menos uma anormalidade. Como pode acontecer que,
subitamente, num mundo cheio de pessoas, alguém meta na cabeça que só existe fulano ou
fulana, que é impossível viver sem essa pessoa? E reparando bem, tirando o rosto que era
lindo, o corpo não era lá essas coisas... Na cama era regular, mas no papo um saco, e
mentia, dizia tolices, e pensar que quase morro!...<br />
<br />
Isso dizes agora, comendo um bife com fritas diante do espetáculo vesperal dos cúmulos e
nimbos. Em paz com a vida. Ou não.</span></div>
<div align="justify">
<i><span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><br />
O texto acima foi extraído do livro "A estranha vida banal", editora
José Olympio - 1989, e consta da antologia "As 100 melhores crônicas
brasileiras", Editora Objetiva, pág. 279 - Rio de Janeiro - 2005,
organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.</span></i></div>
Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-58371140207867706342012-02-20T10:14:00.014-08:002012-02-21T04:08:57.650-08:00"Ai que vida boa, ô lerê, ai que vida boa, ô lará!<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">"Vai passar nessa avenida um samba popular" (Chico Buarque)</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">O carnaval e a carnavalização</span><span style="font-size: small;"> </span> </div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">"Dialética e sensibilidade fazem emergir um mundo de alegria, de prazer sem culpa, despido de repressão e de hierarquias e onde todos são iguais, presente no período da festa, mais precisamente na maior delas – o carnaval. O que estimula pensar-se na possibilidade de extrapolação daquele momento e de concretização no quotidiano de uma sociedade marcada pelo riso que jamais seria um instrumento da opressão." (SOIHET, 1998, p. 9)</span></blockquote><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">O sagrado e o profano, o nascimento e a morte, a elevação e o rebaixamento são elementos presentes nessa festividade, momento em que os opostos convivem em um mesmo universo e de forma cômica, através do riso carnavalesco. Esse riso difere do riso individual proveniente de um fato cômico isolado, pois no carnavalesco todos riem, o riso é "geral" e patrimônio do povo. É também universal, pois atinge todas as coisas e pessoas, inclusive as que participam do carnaval (BAKHTIN, 1987, p. 10). O riso carnavalesco é ambivalente, pois, ao mesmo tempo em que nega, afirma, é alegre e simultaneamente sarcástico, amortalha e ressuscita. Para Bakhtin, no carnaval, não há distinções sociais e/ou outras, o que ocorre são inversões da ordem das coisas e da vida; tais inversões, aliadas à abolição das fronteiras das hierarquias sociais, marcam o efeito denominado por Bakhtin <i>carnavalização</i>. Rituais sagrados são parodiados, os bufões são coroados reis, até mesmo a linguagem é afetada por essa eliminação provisória da ordem do mundo.</span></div><blockquote style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">[...] todas as formas e símbolos da linguagem carnavalesca estão impregnados do lirismo da alternância e da renovação, da consciência da alegre relatividade das verdades e autoridades no </span><span style="font-size: small;">poder. Ela caracteriza-se, principalmente, pela lógica original das coisas "ao avesso", "ao contrário", das permutações constantes do alto e do baixo ("a roda"), da face e do traseiro, e pelas diversas formas de paródias, travestis, degradações, profanações coroamentos e destronamentos bufões (BAKHTIN, 1987, p. 9-10).</span></blockquote><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX3yyJzKTH63J9RBzzW7mdxkWQ_Oo3PjkBQNLCix2d5CWJOwP7QybK7bTqNfD_II9zcgZ5bLlHtrf7CLpYE1ggJjwxml4WD02LgyaB8s_PhSaErtdtL0j0eWgqH4ihGSfQPb7SitQ072NB/s1600/Angeli+-Carnaval.gif" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX3yyJzKTH63J9RBzzW7mdxkWQ_Oo3PjkBQNLCix2d5CWJOwP7QybK7bTqNfD_II9zcgZ5bLlHtrf7CLpYE1ggJjwxml4WD02LgyaB8s_PhSaErtdtL0j0eWgqH4ihGSfQPb7SitQ072NB/s1600/Angeli+-Carnaval.gif" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">"Seus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes Erguendo estranhas catedrais." – Chico Buarque</span></td></tr>
</tbody></table><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">A festa oficial – com privilégios, regras, hierarquias, tabus e etiquetas – é parodiada pelo carnaval, de forma a utilizar esses elementos de ostentação e subvertê-los, rebaixando-os com a licença do riso. No Brasil, Queiroz (1992) e Matta (1981) destacam que a festa carnavalesca é um momento de catarse popular que é permitido e controlado pela classe dominante, a fim de manter sua hegemonia. Por esse ponto de vista, o carnaval seria, então, uma liberdade popular restrita a limites preestabelecidos e controlados pela classe dominante. Contudo, segundo Soihet (1998), muitos historiadores combatem tal acepção, pois existem muitas estratégias de resistência dos populares no campo cultural em relação às proposições das classes dominantes. Bakhtin, entretanto, não aposta nessa ideia de liberdade restrita a anseios da elite. Ao contrário, o autor russo propõe o carnaval como um momento de igualdade entre os indivíduos, em que as diferenças hierárquicas são abolidas em função da força regeneradora criadora do riso carnavalesco.</span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqktX1mmcJ2o1SBPtzihdY2rpbbu6cCk0yT1R39mRsm8B1eK_B9XkOzcj5Y4I_1wney2_T6wn0aFP0YMKspr4fun5DA4fdfA_sIxjpb3zL-3zShWqlcHYqoP1AsRL0z-pXwdVINkonzfQf/s1600/carnaval+Angeli+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqktX1mmcJ2o1SBPtzihdY2rpbbu6cCk0yT1R39mRsm8B1eK_B9XkOzcj5Y4I_1wney2_T6wn0aFP0YMKspr4fun5DA4fdfA_sIxjpb3zL-3zShWqlcHYqoP1AsRL0z-pXwdVINkonzfQf/s1600/carnaval+Angeli+2.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: x-small;">"Um dia página infeliz da nossa história, passagem desbotada da memória (...) Dormia a nossa pátria mãe tão distraída sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações" – Chico Buarque</span></td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">No caso brasileiro, o carnaval proporciona esse relacionamento entre classes com relativa igualdade, porém em um período de tempo limitado ao desfile na passarela do samba. Após desfilar na avenida, na maioria das vezes, a elite dirige-se ao camarote, à bancada restrita à classe alta, enquanto os pobres tomam rumos ignorados pela grande mídia, apenas fazendo volume nas alas e arquibancadas. Com isto, o conceito de eliminação provisória das barreiras hierárquicas apontadas por Bakhtin no contexto rabelaisiano também é válida no contexto brasileiro, já que é possível observar tal fenômeno em situações como nos desfiles das escolas de samba. Mas, como o próprio Bakhtin indica, tal eliminação de classes é provisória, sendo logo após o evento, restaurada.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="text-align: center;">"Vai passar nessa avenida um samba popular<br />
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar<br />
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais<br />
Que aqui sangraram pelos nossos pés<br />
Que aqui sambaram nossos ancestrais<br />
<span style="font-size: small;">Num tempo página infeliz da nossa história,<br />
passagem desbotada na memória<br />
Das nossas novas gerações<br />
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída<br />
sem perceber que era subtraída<br />
Em tenebrosas transações</span><br />
Seus filhos erravam cegos pelo continente,<br />
levavam pedras feito penitentes<br />
Erguendo estranhas catedrais<br />
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz<br />
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,<br />
o carnaval, o carnaval<br />
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos<br />
O bloco dos napoleões retintos<br />
e os pigmeus do boulevard<br />
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar<br />
A evolução da liberdade até o dia clarear<br />
Ai que vida boa, ô lerê,<br />
ai que vida boa, ô lará<br />
O estandarte do sanatório geral vai passar<br />
Ai que vida boa, ô lerê,<br />
ai que vida boa, ô lará<br />
O estandarte do sanatório geral... vai passar"</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">(Vai passar - Chico Buarque) </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Fica a dica:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">BAKHTIN, M. <b>A cultura popular na Idade Média e no Renascimento</b>: o contexto de François Rabelais. São Paulo: HUCITEC, 1987. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">MATTA, R. <b>Carnavais, malandros e heróis</b>: para uma sociologia do dilema brasileiro. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-80231671293612076772011-07-24T10:04:00.000-07:002011-07-24T10:04:40.744-07:00O bom veneno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWjW8-J8XEgdoRc6qBF3naXKbA84bADZpNZAjEj1mjcXEwldaZ-UYwziY05jpIcmBp3_IqA2H0shTpaRb_YumCvSBMe2Ye9uF4MB1khJu3f1wniWFaewUdha_gM5TCAlTaw9UeMjkPt6bY/s1600/Amy+15.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWjW8-J8XEgdoRc6qBF3naXKbA84bADZpNZAjEj1mjcXEwldaZ-UYwziY05jpIcmBp3_IqA2H0shTpaRb_YumCvSBMe2Ye9uF4MB1khJu3f1wniWFaewUdha_gM5TCAlTaw9UeMjkPt6bY/s320/Amy+15.jpg" t$="true" width="246" /></a></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><em>"o bom veneno é amargo<br />
e os melhores vem em pequenos frascos<br />
o bom veneno é rascante<br />
seu ventre queima, seus dentes rangem</em><div id="div_letra"><div style="text-align: center;"><em>pois o começo é sempre ligado ao fim<br />
de algo bom ou de algo ruim</em><div style="text-align: center;"><em>o bom veneno traz a morte certa<br />
sem deixar rastro, sem deixar provas<br />
o bom veneno é um drinque<br />
se faz um brinde, se comemora<br />
o bom veneno deve ser assim" (Nina Becker)</em><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O mundo (musical) não será o mesmo sem AmyWinehouse. Mesmo com sua passagem meteórica pelo planeta Terra, Amy deixou muita gente órfã de boa musica. Sim, por que hoje em dia isso é artigo em falta no mercado. "Back to black"!!!! </div><div style="text-align: justify;">Um dos melhores discos produzidos nos últimos anos! Eu quero maaaais! Pena! Agora já é tarde... lá se foi uma diva. Tenho certeza que muita gente também ainda queria ouvir bastante essa voz que não conseguia sair do black. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não sei, mas quem sabe, agora, as pessoas que gostam de música, busquem uma forma de salvar essas espécies raras, sei lá, fundem uma ONG internacional que proteja espécies artísticas ameaçadas de extinção, (se é que ainda existem). Quem sabe assim, elas consiguam tolerar melhor a existência, com menos drogas, e possam viver mais tempo mais tempo entre nós. Se não... tudo bem, continuem morrendo de overdose, afinal, o legado artístico que eles conseguem deixar, os tornam imortais mesmo!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Só sei que do lado de lá, o bicho deve tá pegando... imaginem a recepção que a turma lá não deve ter armado pra receber Amy Winehouse! Por ela aguardavam a Janis, o Hendrix, Elvis Presley, Jim Morrison, Cássia Eller, Chico Sciense, Cazuza, Raulzito... Turma boa não? rsrs</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"> </div> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4XCswb2DbCLbyWk-bYDJFAIqcLTsdDNt-h555yBRLPu2nFPqoN3US4OR4Yb5zEr9YKMq3l0d3PqCVchN0dDdyXrDFNflLsgELauqfSUllbCFWtgKUvG63M83v95IWk9x7kaivraVS_TeP/s1600/Amy+12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4XCswb2DbCLbyWk-bYDJFAIqcLTsdDNt-h555yBRLPu2nFPqoN3US4OR4Yb5zEr9YKMq3l0d3PqCVchN0dDdyXrDFNflLsgELauqfSUllbCFWtgKUvG63M83v95IWk9x7kaivraVS_TeP/s320/Amy+12.jpg" t$="true" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pra sempre!</td></tr>
</tbody></table> </div></div></div></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-21736342198909438802011-06-27T15:36:00.000-07:002011-06-27T15:36:05.175-07:00Vamos lendo... vamos pensando...<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“J’ACUSE!!!</span></b><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.”<br />
(Émile Zola)</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu acuso!!! Meu dever é falar, não quero ser cúmplice.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Centenas e centenas e cetenas são os casos de desacato, de desrespeito, de descaso e sobretudo de desvalorização da figura tanto profissional quanto humana do professor.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pelo Brasil afora, as ameças constantes, professores são agredidos, professores são espancados, professores são assassinados!</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O mais recente caso, pelo menos, o noticiado pela mídia, ocorreu no dia 15 de junho em uma escola estadual da zona sul de São Paulo. A vítima foi da professora Gina, de 58 anos, covardemente espancanda por uma “mãe” vejam bem, uma “mãe” de um “aluno”, dentro da escola.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <a href="http://www.udemo.org.br/2011/Destaque11_0066_Professora-e-atacada-por-mae-de-estudante.html">http://www.udemo.org.br/2011/Destaque11_0066_Professora-e-atacada-por-mae-de-estudante.html</a></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 2010, o professor Kassius Vinícius Castro Gomes, do Instituto Metodista Izabela Hendrix em Belo Horizonte,</span><span style="color: #333333; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 7.5pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">foi assassinado a facadas, por um aluno do curso de Educação Física. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como epsódios de violência contra professores têm ocorrido em tempo cada vez mais freqüente, de modo pertubador, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>causando perplexidade e indignação quero compartilhar o texto escrito pelo professor Igor Pantuzza, sobre a morte do professor Kassius. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos,<br />
desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um<br />
estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas,<br />
alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando<br />
para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do<br />
estudante foi ter que... estudar!).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças<br />
constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada<br />
por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser<br />
outro.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com<br />
seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas<br />
eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem<br />
tomando conta dos ambientes escolares.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A<br />
promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras<br />
de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e<br />
imperativo de convivência supostamente democrática.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era<br />
proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”.<br />
A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas<br />
difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”.<br />
Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu<br />
conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é<br />
o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está<br />
pagando...</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral<br />
epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo<br />
vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos<br />
que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter<br />
conhecimento é ser ‘crítico’.”</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto<br />
e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a<br />
mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina<br />
é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao<br />
aluno – cliente...</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de<br />
nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados<br />
para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar<br />
com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o<br />
mundo lhes deve algo”.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma<br />
faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um<br />
professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">sentir, amar.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os<br />
direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à<br />
ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do<br />
que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido<br />
processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada<br />
pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio<br />
covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao<br />
célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por<br />
trás do cabo da faca:</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo<br />
e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam<br />
a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles<br />
que se sentem vítimas;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do<br />
politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves<br />
no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres<br />
para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e<br />
doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a<br />
dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a<br />
avaliação ao perfil dos alunos”;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em<br />
nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a<br />
proliferação de cursos superiores completamente sem condições,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de<br />
diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade<br />
com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras<br />
missões na sociedade;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez<br />
menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge<br />
que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje<br />
vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus<br />
alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar<br />
estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com<br />
segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela<br />
massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que<br />
ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e<br />
moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito”<br />
de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo<br />
para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”,<br />
uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa<br />
e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas,<br />
à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um<br />
ambiente de busca do conhecimento;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina<br />
é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se<br />
tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e<br />
vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos<br />
políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO<br />
os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de<br />
aplicar a devida punição.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores<br />
que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou<br />
pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas<br />
desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua<br />
omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável<br />
pela ocorrência dos incidentes maiores;</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes,<br />
serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados<br />
e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício<br />
da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e<br />
decepções do dia a dia.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza,<br />
estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e<br />
essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível<br />
que podemos chamar de “o outro”.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na<br />
cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do<br />
patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato,<br />
a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima.<br />
O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua<br />
vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita<br />
raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora,<br />
fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo.<br />
Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil<br />
no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte<br />
não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira<br />
e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova<br />
cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é<br />
fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade,<br />
responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Igor Pantuzza Wildmann</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-9709309735158747622011-06-15T10:43:00.000-07:002011-06-15T18:56:11.143-07:00Mexeu com o idoso, mexeu comigo!<div align="left"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfz_ZvQKRkDPbVMqz1XXPZD-Pj0zQ4gTH0auCUqH6XwI588aKXpncK_62y56tdiYcGN00kp9HrzlVmh0pCAXdSoPiRvKu0SPerYiO1IiKvmUmFqlyIrZfTZV0cMAd1zwivNa_G6sg_lqTP/s1600/violencia+contra+idoso.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfz_ZvQKRkDPbVMqz1XXPZD-Pj0zQ4gTH0auCUqH6XwI588aKXpncK_62y56tdiYcGN00kp9HrzlVmh0pCAXdSoPiRvKu0SPerYiO1IiKvmUmFqlyIrZfTZV0cMAd1zwivNa_G6sg_lqTP/s400/violencia+contra+idoso.gif" t8="true" width="400" /></a></div><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">O Dia 15 de Junho de 2006 foi declarado pela ONU, em parceria com o INPEA (International Network for the Prevention of Elder Abuse – www.inpea.net), "</span><span style="font-size: small;">Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa</span><span style="font-size: small;">" com o principal objetivo de sensibilizar a sociedade civil sobre as mais diversas formas de violências que as pessoas idosas sofrem em seus lares, nas instituições ou nos espaços públicos. No Brasil, desde o ano de 2006 temos acompanhando as várias iniciativas que os órgãos públicos, as instituições e a sociedade civil têm desenvolvido no dia 15 de Junho ou nos outros dias do mês, realizando atividades que chamam a atenção sobre a violência contra as pessoas idosas. O Portal do Envelhecimento tem publicado em suas páginas as diversas ações e manifestações que acontecem pelo "Brasil a fora". </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: inherit;"> Apesar da existência da Declaração Universal de Direitos Humanos, os direitos das pessoas idosas não são expressamente reconhecidos nas normas obrigatórias dos direitos humanos internacionais pelos Estados membros da ONU. Veja mais sobre este assunto no link: </span><a href="http://www.portaldoenvelhecimento.net/direito/direito218.pdf"><span style="font-family: inherit;">http://www.portaldoenvelhecimento.net/direito/direito218.pdf</span></a><span style="font-family: inherit;"> </span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgClrVJysXPysR_k8KmkFx6jyPySqpW9V0rZ8UsUPrnfPO6WCC-sdxZDPWJ2vVqAB5idvrlQEggubANZBiHOYbTyuTDGn9NLb7ETyGkrac0Ruy06rYkFfiODwNCyZGp1a7JrCSwAh7VwtKi/s1600/idoso+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgClrVJysXPysR_k8KmkFx6jyPySqpW9V0rZ8UsUPrnfPO6WCC-sdxZDPWJ2vVqAB5idvrlQEggubANZBiHOYbTyuTDGn9NLb7ETyGkrac0Ruy06rYkFfiODwNCyZGp1a7JrCSwAh7VwtKi/s200/idoso+1.jpg" t8="true" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A atenção às pessoas idosas não é generosidade, é gratidão</td></tr>
</tbody></table> <span style="font-family: inherit;">Outro destaque ser dado no Dia 15 de Junho é à importância da notificação dos casos suspeitos ou confirmados de violência contra a pessoa idosa. Os profissionais ainda não incorporaram a determinação do Estatuto do Idoso sobre a notificação da violência. Informe-se no seu Município sobre a Ficha de Notificação e quais são os procedimentos para a Notificação. A violência contra os idosos deve ser entendida como uma grave violação aos Direitos Humanos. A lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) prevê no artigo 19 que os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra o idoso são de notificação obrigatória ao Conselho Municipal, Delegacias de Polícia e Ministério Público. A recusa ou omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos, por parte dos responsáveis familiares ou institucionais, é considerada negligência.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"> </span><br />
<span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Por fim, gostaríamos de lembrar que o Dia 15 de Junho é proclamado como o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, conforme propôs a ONU e o INPEA. Sabemos porém que não se "combate" ou não se "luta" contra a violência apenas num dia. O processo deve ser contínuo, todos os dias.</span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAWP3lVAV6oQwe-I0dM-4RWXSnIaAN0UVFRYKVnIP5VXh-90nfXwKU8Tpa6rgse-sFikbsuNDaOf9UE_ZKcLy21Us6e2ythlEcK7ARrjZM3JCBhTkry7KHG6D0xI6JmfQNwfgqAAD7Xivj/s1600/pastoral-da-pessoa-idosa-15-de-junho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAWP3lVAV6oQwe-I0dM-4RWXSnIaAN0UVFRYKVnIP5VXh-90nfXwKU8Tpa6rgse-sFikbsuNDaOf9UE_ZKcLy21Us6e2ythlEcK7ARrjZM3JCBhTkry7KHG6D0xI6JmfQNwfgqAAD7Xivj/s320/pastoral-da-pessoa-idosa-15-de-junho.jpg" t8="true" width="320" /></a></div><div align="left"><br />
</div> <br />
<div style="text-align: center;">Abraço caloroso a todas essas pessoas tão cheias de experiências </div><div style="text-align: center;">e que tanto têm a nos ensinar.</div><div style="text-align: center;">Que Deus abenções e proteja cada uma delas.</div><div style="text-align: center;"> E que nós façamos, com muito amor, a parte que nos cabe.</div><div style="text-align: center;"> </div><div align="right"></div><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;"></div> <br />
<img height="78" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgClrVJysXPysR_k8KmkFx6jyPySqpW9V0rZ8UsUPrnfPO6WCC-sdxZDPWJ2vVqAB5idvrlQEggubANZBiHOYbTyuTDGn9NLb7ETyGkrac0Ruy06rYkFfiODwNCyZGp1a7JrCSwAh7VwtKi/s1600/idoso+1.jpg" style="filter: alpha(opacity=30); left: 534px; mozopacity: 0.3; opacity: 0.3; position: absolute; top: 1016px; visibility: hidden;" width="96" /> <br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-16746579406862786402011-06-13T17:01:00.000-07:002011-06-14T08:50:04.645-07:00Para o meu Amor!<blockquote><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMWOCS9PRfa_3R-mR2AERs7qkudvVGLNWpWpdvxJ9jnP6ndOR8LQ0C_uc_sJtjcURC0zSYpuPQ_riSY6PRG_ocasKsj0GV5eh80GzciG5VKq19qzIqCH1yJkPru4jB6TeSbmGYZqjLSuXQ/s320/amor.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" t8="true" width="239" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">pintura "Na roda-gigante" por Tatti Simões</td></tr>
</tbody></table> <span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>"</em></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMWOCS9PRfa_3R-mR2AERs7qkudvVGLNWpWpdvxJ9jnP6ndOR8LQ0C_uc_sJtjcURC0zSYpuPQ_riSY6PRG_ocasKsj0GV5eh80GzciG5VKq19qzIqCH1yJkPru4jB6TeSbmGYZqjLSuXQ/s1600/amor.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em></em></span></a><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>De almas sinceras a união sincera</em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Nada há que impeça: amor não é amor</em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Se quando encontra obstáculos se altera,</em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Ou se vacila ao mínimo temor.</em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br />
<em></em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Amor é um marco eterno, dominante,</em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Que encara a tempestade com bravura;</em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>É o astro que norteia a vela errante,</em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Cujo valor se ignora, lá na altura. </em></span></div></blockquote><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em> Amor não teme o tempo, muito embora</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em> Seu alfange não poupe a mocidade;</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em> Amor não se transforma de hora em hora,</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em> Antes se afirma para a eternidade.</em></span><br />
<blockquote><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Se isso é falso, e que é falso alguém provou</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou."</em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br />
<em></em></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>William Shakespeare</em></span></blockquote><br />
<div style="text-align: center;">Para que o clima amoroso permaneça e nos faça lembrar que todo dia,é dia de viver o Amor!</div><div style="text-align: center;"><br />
</div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-64656471289523415542010-07-13T18:10:00.000-07:002010-07-13T19:27:12.089-07:00Carta III ( De Fernando para Clarice)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj51OAsxD4CFvZkmBkN5N1UoT75Qvva4cGXb9FvS0UlRhRIpEWN_L-Yo-0sDLpms1bh5Uemw4_H8YXEL0hjYb6nvT23DT6Jt4MiWr4C6_mqtja3p2QXeEEgJNr1yDtzI6tuYX8-7IJJMP3Q/s1600/fernando-sabino.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493582396171936802" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 226px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj51OAsxD4CFvZkmBkN5N1UoT75Qvva4cGXb9FvS0UlRhRIpEWN_L-Yo-0sDLpms1bh5Uemw4_H8YXEL0hjYb6nvT23DT6Jt4MiWr4C6_mqtja3p2QXeEEgJNr1yDtzI6tuYX8-7IJJMP3Q/s320/fernando-sabino.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><em><span style="font-size:130%;">“A arte não nos satisfaz porque não passa disso: é o testemunho de nós mesmos. Estou fuçando vago, e ultimamente ando cada vez mais tolerante com a vaguidão das palavras”. (...) Tudo o que tenho feito cada vez corresponde menos ao que eu queria fazer. O falso romantismo da criação dá lugar a fragilidades, ao doloroso processo que a envolve."</span></em></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-89516475924406982702010-07-13T18:01:00.000-07:002010-07-13T19:55:17.872-07:00Carta II (De Clarice para Fernando)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirMx82JT3jfP_hBoMfMDc1bryuPqvv_lSnsd4-TnMIZCt2iMnmUnH3Tf4fU8lYvw5uK5CeZQiHDEAiy0-PFVoBw1OQ5o53jo-ZmzBcandXTdC3moKLQswZ-yNAfn5G_i66gXs1gybDMF6Y/s1600/clarice-escrevendo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493589562166078994" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 318px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirMx82JT3jfP_hBoMfMDc1bryuPqvv_lSnsd4-TnMIZCt2iMnmUnH3Tf4fU8lYvw5uK5CeZQiHDEAiy0-PFVoBw1OQ5o53jo-ZmzBcandXTdC3moKLQswZ-yNAfn5G_i66gXs1gybDMF6Y/s320/clarice-escrevendo.jpg" border="0" /></a><br /><div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;">"Passo o tempo todo pensando – não raciocinando, não meditando – mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo, não sei o quê, mas aprendendo. Não trabalho mais, Fernando. Passo os dias procurando enganar minha angústia e procurando não fazer horror a mim mesma. (...) Estou vendo que não disse nada, que não é nada disso, e estou vendo que estou bastante perdidinha. Estou sempre errando”. </span></em></div><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><br /><div></div></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-11840568357836695422010-07-13T17:59:00.000-07:002010-07-13T19:13:28.915-07:00Carta (De Fernando para Clarice)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ChvkJFS60PhweVXtDWM7vTmO1MnqK_C99oewd9pk6bSfgYp27bluiqAepYRC-YPHp1FFSdivhzZtUlLLapE8VPErMfOirduiLyeemnub1Vnob2E0ckb39muE9ZMnc3a41XQ-Sexq7ISC/s1600/carta.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493579076238065506" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ChvkJFS60PhweVXtDWM7vTmO1MnqK_C99oewd9pk6bSfgYp27bluiqAepYRC-YPHp1FFSdivhzZtUlLLapE8VPErMfOirduiLyeemnub1Vnob2E0ckb39muE9ZMnc3a41XQ-Sexq7ISC/s200/carta.jpg" border="0" /></a><br /><blockquote><em><br /><blockquote><br /><p align="right"><em>Rio de Janeiro, 27 de outubro de 1953<br /><br />Clarice, Gostei de saber que você está com a alma mais sossegada. O<br />sentimento de grandeza que você acha que está perdendo talvez agora é que você esteja adquirindo. Sua predisposição para ficar calada não é propriamente uma novidade: a novidade é estar aceitando, inclusive, o silêncio. É bom isso, dá mais paciência, mais compreensão, dá mais sentimento às coisas — e dá grandeza.<br />Fernando.<br /><br /></em></p></blockquote></em></blockquote>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-51008447086844704372010-07-13T17:55:00.000-07:002010-07-13T18:51:13.108-07:00Uma coisa chamada...<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493566306447588770" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 242px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUiW6OAKRVpvmTzporjmb2pfRdUMLMYKiV_KLtfjil85pZ8TwOXxnQo-UEd-a97C5Y5f9YAtJW6upQkg56U-rdKKD2t-oiMYlA5UyFEW177kAMBYHnVioOoMhAuYKECaIBt1skEAQBwBZ9/s400/clarice.bmp" border="0" />... Clarice!<br /><br />"Clarice Lispector é uma coisa escondida sozinha num canto, esperando, esperando. Clarice Lispector só toma café com leite. Clarice Lispector saiu correndo correndo no vento na chuva, molhou o vestido perdeu o chapéu. Clarice Lispector é engraçada! Ela parece uma árvore. Todas as vezes que ela atravessa a rua bate uma ventania, um automóvel vem, passa por cima dela e ela morre. Me escreva uma carta de 7 páginas, Clarice". (Clarice Lispector, por Fernando Sabino)<br /><br /><br /><br /><br /><br />O escritor já havia terminado sua longa carta, tendo, inclusive, assinado-a. Mas, parece que ao perceber que ainda resta meia folha disponível, lançou-se nesse improviso lírico, assinando-o ao final. (Carta manuscrita, enviada de Nova York e datada de 10 de junho de 1946. Arquivo Clarice Lispector da Fundação Casa de Rui Barbosa. )<br /><br /><br />Ufa! Sai da fase "Perssona", que é meio pesadona (eu acho), e fui me refrescar um pouco. Andei lendo um "Livro Sobre Nada" do Manuel de Barros. Que delícia que ele é. Depois vou postar uns poemas dele. Cada um melhor do que o outro. Mas hoje eu to daquele jeito... que não é só lendo a Clarice Lispector, é sentindo mesmo. Porque tem gente que diz que Clarice a gente não lê, a gente sente, e eu acho que é isso mesmo. Sendo assim, eu vou aproveitar o momento e vou postar em seguida, uns fragmentos de cartas trocadas entre a Clarice e o Fernando Sabino, pra todo mundo sentir tbm um pouquinho disso aí, dessa coisa chamada Clarice.Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-30972921616768864032010-06-21T19:12:00.000-07:002012-11-30T16:19:14.386-08:00sei lá, sei lá...“Há metafísica bastante em não pensar em nada.<br />
<br />
O que penso eu do mundo?<br />
Sei lá o que penso do mundo!<br />
Se eu adoecesse pensaria nisso.<br />
Que idéia tenho eu das coisas?<br />
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?<br />
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma<br />
E sobre a criação do mundo?<br />
Não sei.<br />
Para mim pensar nisso é fechar os olhos<br />
E não pensar.<br />
É correr as cortinas<br />
Da minha janela (mas ela não tem cortinas)<br />
O mistério das coisas?<br />
Sei lá o que é mistério!<br />
O único mistério é haver quem pense no mistério.<br />
Quem está ao sol e fecha os olhos,<br />
Começa a não saber o que é o sol<br />
E a pensar muitas coisas cheias de calor.<br />
Mas abre os olhos e vê o sol,<br />
E já não pode pensar em nada,<br />
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos<br />
De todos os filósofos e de todos os poetas.<br />
A luz do sol não sabe o que faz<br />
E por isso não erra e é comum e boa.<br />
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores<br />
A de serem verdes e copadas e de terem ramos<br />
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,<br />
A nós, que não sabemos dar por elas.<br />
Mas que melhor metafísica que a delas,<br />
Que é a de não saber para que vivem<br />
Nem saber que o não sabem?<br />
“Constituição íntima das coisas”...“Sentido íntimo do universo”...<br />
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.<br />
É incrível que se possa pensar em coisas dessas.<br />
É como pensar em razões e fins<br />
Quando o começo da manhã está raiando,<br />
e pelos lados das árvoresUm vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.<br />
Pensar no sentido íntimo das coisas<br />
É acrescentado, como pensar na saúde<br />
Ou levar um copo à água das fontes.<br />
O único sentido íntimo das coisas<br />
É elas não terem sentido íntimo nenhum.<br />
Não acredito em Deus porque nunca o vi.<br />
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,<br />
Sem dúvida que viria falar comigo<br />
E entraria pela minha porta dentro<br />
Dizendo-me, Aqui estou!(Isto é talvez ridículo aos ouvidos<br />
De quem, por não saber o que é olhar para as coisas,<br />
Não compreende quem fala delas<br />
Com o modo de falar que reparar para elas ensinar)<br />
Mas se Deus é as flores e as árvores<br />
E os montes e sol e o luar,<br />
Então acredito nele,<br />
Então acredito nele a toda a hora,<br />
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,<br />
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.<br />
Mas se Deus é as árvores e as flores<br />
E os montes e o luar e o sol,<br />
Para que lhe chamo eu Deus?<br />
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;<br />
Porque, se ele se fez, para eu o ver,<br />
Sol e luar e flores e árvores e montes,<br />
Se ele me aparece como sendo árvores e montes<br />
E luar e sol e flores,<br />
É que ele quer que eu o conheça<br />
Como árvores e montes e flores e luar e sol.<br />
E por isso eu obedeço-lhe,(que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).<br />
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,<br />
Como quem abre os olhos e vê,<br />
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,<br />
E amo-o sem pensar nele,<br />
E penso-o vendo e ouvindo,E ando com ele a toda hora.”<br />
<br />
Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa), in “O Guardador de Rebanhos” - Poema V<br />
<br />
<br />
<b>Dizem que recordar é viver. E lendo estes poemas de ultimamente, têm me vindo recordações... Ando revivendo o "Pessoa" e ando com saudade de beber sozinha no trailler do Gordo, e de tomar chopp com o Pedro Lira depois da aula tbm.</b><br />
<b>Um abraço amigo ao Pedro Lira, meu querido louco professor. Sempre poeta, sempre romantico, sempre apaixonado, sempre Pessoa!</b>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-56185195458609053672010-06-17T19:04:00.001-07:002010-06-17T19:06:09.015-07:00Mais um, mais um<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-vVxsuTVtzGQwmyW_OZZ4RpsUKs4TahoNDpR9cGaeNFnIfRvsRhmOqQsLhKPWptLRWONGA1nADMQQVcvBTiPwGHTTPfgpMVWh-kMTViEbwTrSGf_-2xdg7txputE5OPUfwMD7XKMSAuoL/s1600/fernando+pessoas+1.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5483929102228493842" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 382px; CURSOR: hand; HEIGHT: 333px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-vVxsuTVtzGQwmyW_OZZ4RpsUKs4TahoNDpR9cGaeNFnIfRvsRhmOqQsLhKPWptLRWONGA1nADMQQVcvBTiPwGHTTPfgpMVWh-kMTViEbwTrSGf_-2xdg7txputE5OPUfwMD7XKMSAuoL/s400/fernando+pessoas+1.bmp" border="0" /></a><br /><div></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-66784349943639147572010-06-16T12:26:00.000-07:002010-06-16T16:47:33.015-07:00Andando por linhas tortas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu5ggYvCgHhK7_fWeM6p80I0UTHJbU_SCEQ73C19pMscp2FXhNoSTSfiRGYUexPsJCvI8WmkvDKb1u5coWXuzwZsswS7OKjg4yNcN9Tn9NsxT6hRYfiAw3GIIwU70Ge5GuO5pW67B6Uqxf/s1600/poema+em+linha+reta.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5483509004997057794" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 266px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu5ggYvCgHhK7_fWeM6p80I0UTHJbU_SCEQ73C19pMscp2FXhNoSTSfiRGYUexPsJCvI8WmkvDKb1u5coWXuzwZsswS7OKjg4yNcN9Tn9NsxT6hRYfiAw3GIIwU70Ge5GuO5pW67B6Uqxf/s320/poema+em+linha+reta.bmp" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><div align="center">Tudo desde sempre<br />Nunca outra coisa.</div><div align="center">Nunca ter tentado</div><div align="center">Nunca ter falhado</div><div align="center">Não importa.</div><div align="center">Tentar outra vez</div><div align="center">Falhar outra vez</div><div align="center">Falhar melhor!</div><div align="center"><br /></div><br /><br /><br />Essa semana, fiz uma coisa que eu julgava importante, mas não deu certo. É, não deu! Como muitas coisas, muitas vezes, não dão mesmo certo. Mas vamos lá... Por ironia do destino, enquanto eu procurava material pra uma aula q não aconteceu, eis que eu encontrei! E o que eu encontrei foi muito mais q um material. Bom, deixa eu explicar. O tema da aula era pra ser: A Linguagem Literária e seus efeitos de sentido. Bom, muito bom! Um tema amplo, com inúmeras possibilidades de exploração, e no qual eu, empolgadamente, me atirei e logo no primeiro mergulho encontrei o poema. Na verdade, não sei se foi eu que o encontrei ou se foi o poema que me encontrou. Ontem eu tive a sensação de que o poema foi meu amigo e já sabia antes de mim, que eu ia precisar dele. Caso não fosse para a aula, seria para lê-lo. Afinal, poemas servem mesmo é para serem lidos e sentidos, eles não nascem para serem estudados. Li, reli, senti! Não tive dúvida, ia ser ele. Se não resultasse em uma boa aula, certamente continuaria sendo um belo poema. Pelo menos uma boa leitura o que já seria alguma coisa. E foi assim que conheci o "Poema em linha reta" do Álvaro de Campos, o poeta das sensações, crítico e inconformado. Pra quem não conhece, Álvaro de Campos é um dos heterônimos de Fernando Pessoa, que, com sua genialidade, o fez nascer em Tavira no dia 15 de outubro de 1889, o fez "fingir" que estudou engenharia, o fez viajar ao Oriente onde escreveu o "Opiário". Enfim, Fernando Pessoa o fez existir para escrever este poema que alguém no mundo teria que escrever. E se acaso esse alguém não existisse, ele teria que ser inventado mesmo. Assim, Pessoa o inventou. E ele me apareceu, assim, na hora certa, no momento em que eu precisa sentir, exatamente isso, sentir! Não teve aula, mas teve poesia!<br /><br /><br /><div align="center"><em>POEMA EM LINHA RETA</em></div><div align="center"><em></em><br /><em>"Nunca conheci quem tivesse levado porrada. </em></div><div align="center"><em>Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. </em><br /><em>E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, </em><br /></div><div align="center"><em>Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, </em></div><div align="center"><em>Indesculpavelmente sujo. </em><br /></div><div align="center"><em>Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, </em><br /></div><div align="center"><em>Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, </em><br /></div><div align="center"><em>Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, </em></div><div align="center"><em>Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, </em><br /></div><div align="center"><em>Que tenho sofrido enxovalhos e calado, </em></div><div align="center"><em>Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; </em><br /></div><div align="center"><em>Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, </em><br /></div><div align="center"><em>Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, </em><br /></div><div align="center"><em>Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, </em><br /></div><div align="center"><em>Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado </em><br /></div><div align="center"><em>Para fora da possibilidade do soco;</em><br /></div><div align="center"><em>Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, </em><br /></div><div align="center"><em>Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.<br />Toda a gente que eu conheço e que fala comigo</em><br /></div><div align="center"><em>Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, </em><br /></div><div align="center"><em>Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...<br />Quem me dera ouvir de alguém a voz humana</em><br /></div><div align="center"><em>Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; </em><br /></div><div align="center"><em>Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! </em><br /></div><div align="center"><em>Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. </em><br /></div><div align="center"><em>Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? </em><br /></div><div align="center"><em>Ó principes, meus irmãos, </em><br /></div><div align="center"><em>Arre, estou farto de semideuses! </em><br /></div><div align="center"><em>Onde é que há gente no mundo? </em><br /><em>Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?<br />Poderão as mulheres não os terem amado, </em><br /></div><div align="center"><em>Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! </em><br /></div><div align="center"><em>E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,</em></div><div align="center"><em>Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? </em><br /></div><div align="center"><em>Eu, que venho sido vil, literalmente vil, </em><br /></div><div align="center"><em>Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. " (Álvaro de Campos)</em></div><div align="center"><em></em></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">E vamos finalizando... andando em linha torta e farta de semideuses! </div><div align="justify">Risos fartos e muita poesia... pras gentes (que ainda restam)</div><div align="justify"></div><div align="center"></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-8267931767715902082010-06-02T14:07:00.000-07:002010-06-03T11:24:09.595-07:00...enquanto eu andar distraída...<p align="left"> ... o acaso vai me proteger... </p><p align="left">Hoje, não por acaso, resolvi escrever sobre o acaso.<br /></p><p align="left"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5478603382765867586" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg1gDHphB2VqCR5zUPGJVpTg1rAH54ekoQrQD6S7DT3tJRMW6FoVwtu237sjRb-xbKHsvxVzRH4nC2zR421YVOs9rFm4BnypVqbVMK2AzuWAGOujB_puZ_KK-6T_JYlbnJAoogUyf4TaX9/s320/acaso3.jpg" border="0" />Por acaso as pessoas se encontram, e por acaso se desencontram também. Quando o acaso acontece a gente é levado a "fazer coisas". O acaso não pode ser pensado demais, ele não é planejado, acontece, simplesmente é vivido. O acaso é o que faz seguir em frente, afinal, é assim é que a gente existe. Seguindo em frente. O acaso é o principal. Ele é bem vindo. </p><p align="left">Viver o acaso dá a sensação de liberdade para inventar o real, como se a vida se compusesse de mágica e pudéssemos entrar em contato com ela como quando somos crianças e tudo que existe em nós nos deixa curioso e felizes. Na hora do acaso a criatividade vem livre (sim, existem criatividades que não são são livres) de modo que nós, seres humanos, somos levados a sair da mera condição de sobrevivente da vida, tendo que nos lançar na aventura e na potência do novo, do que está por vir.<br />O acaso não é o caos, nem a mera bagunça, com os quais é tão fácil confundi-lo. Ele é produzido em um encontro. Ele é o que se espera, como algo que, na contramão, não se pode esperar e que, no entanto, se sabe que virá. O acaso é como o nascimento da vida em seu instante mais primitivo. Ele tem o poder de desmanchar uma subjetividade empedrada. Conviver com o acaso nos ensina, penso eu, a aceitá-lo como parte da vida, como o que – no cancelamento do sentido, faz tudo ter <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHxNxA6YOO5OOagVWLf3qlwmKgjByo5YouayxeBsbFt5tawGYqBXemewGFzLS4-7bBAl0TfdOQiacBwNv7F9oaylChyphenhyphenaLKj4OjgBXyjZ7QIodoJ7NgsUPJ_RiZf9WjuXniVDgrOT4wVVSG/s1600/acaso+1.jpg"></a>sentido. Mesmo que pelo avesso de tudo o que estamos acostumados. Para as surpresas do acaso, não há como a gente se preparar, ninguém pode ser treinado para o acaso, como ninguém pode ser treinado a viver; vale aceitar a aventura e, tentar transformar instantes de ansiedade e medo, em energia e ação, e assim, acreditar que as coisas do acaso, assim como a vida, é uma aventura que pode dar certo. Sei lá o que significa "dar certo"... </p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5478598141331263506" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 388px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8ywkLGUXpxd7RS6IOxxjNcFpRamKbcZ-NWZZQ5zmvh3P95CKxxbuYVecBEi7KKYD0oo7YmTxiPgRJRZmAjfTSGHgBgwOaSJApCJWhSBYxgTIRd82u1NqZY_uMxBvneUOEwO41Hpam0qs0/s400/acaso+1.jpg" border="0" /> <p align="center"><em> Pinturas de Antonio Bokel<br /></em><br />Só sei que do acaso e da vida eu não sei nem a metade. E depois disso só me resta dizer que viver o acaso é uma das melhores coisas que se pode viver na vida.</p><div align="left"><em>Alê!!! Este post é pra vc. Obrigado pela inspiração rsrs</em></div><div align="left"><em> </em><em>Eu disse que eu ia escrever.</em></div><div align="left"><em>... presentinho rs</em></div><em>Bjo bjo bjo</em>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-74049743407194135862010-05-16T10:43:00.000-07:002010-05-16T11:20:33.020-07:00... depois daquela tarde<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5KYbF8FBmVgcaahnEkCg7D5SA04g5-WeDgYHKmurcs01MWgehoY7NNP_dKwi9aQ68TztsjuM11lA6W2eT9dft90pZAS3YloyeVPVc5tVLx2BT5zMPxt9qEzVTM9-bQkF4ovl7okQsocd9/s1600/vento+no+lago.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5471926692513163074" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5KYbF8FBmVgcaahnEkCg7D5SA04g5-WeDgYHKmurcs01MWgehoY7NNP_dKwi9aQ68TztsjuM11lA6W2eT9dft90pZAS3YloyeVPVc5tVLx2BT5zMPxt9qEzVTM9-bQkF4ovl7okQsocd9/s320/vento+no+lago.jpg" border="0" /></a> E depois de uma tarde de 'quem sou eu?' e de acordar a uma hora da madrugada em desespero, eis que as três horas da madrugada eu acordei e me encontrei. Simplesmente isso. Eu me encontrei. É lindo. É vasto. Vai durar. Eu sei mais ou menos o que eu vou fazer, mas por enquanto... <div> </div><div> </div><div>... vou vivendo, e acho que eu vivo clandestina. Não é mole essa vida! Acho que a vezes a gente se envolve com mundos que só existem no desejo, dentro da cabeça da gente. É foda! Viver dentro cabeça da gente é foda, e o pior, gostar de viver assim hauahuahauhauaahuah por que o mundo, o mundo mesmo, dentro do qual as coisas e as pessoas existem e passam a "fazer sentido", é aí, do lado de fora, do lado de fora da gente, e as vezes, muitas vezes, é beeeem por fora! </div><div> </div><div> </div><div> </div><div align="center"><em>Que nessa semana as forças do universo conspirem a favor, e me ajudem a conseguir concentrar. Eu vou precisar</em>!</div><div></div><br /><div></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-83732304969582831602010-05-14T17:34:00.000-07:002010-05-14T18:35:13.790-07:00O senhor sabe o que o silêncio é?<div><br /><div align="center">"O silêncio é a bolha de sabão </div><br /><div align="center">dos homens sábios de verdade. </div><br /><div align="center">O imbecil acha que é sábio.<br />Um sábio de plantão </div><br /><div align="center">ele crê que basta silenciar</div><br /><div align="center">e será salvo. </div><br /><div align="center">O sábio de plantão acha </div><br /><div align="center">que uma bolha pode protegê-lo</div><br /><div align="center">já o sábio de verdade não sabe de nada </div><br /><div align="center">nem acha nada. </div><br /><div align="center">Nada o protege, </div><br /><div align="center">ele ignora correr perigo</div><br /><div align="center">quando põe a mão no fogo. </div><br /><div align="center">O sábio de verdade<br />está ciente de que </div><br /><div align="center">quando abrir a boca </div><br /><div align="center">será pra dar seu grito estúpido<br />o mais alto que conseguir </div><br /><div align="center">a isso chama raiva, </div><br /><div align="center">vingança potência sonora<br />e até mesmo rock´n roll.<br />O sábio de verdade<br />difere-se e muito<br />do sábio de plantão<br />o sábio de plantão tagarela<br />fala sem parar por dias e anos<br />a respeito dum silêncio</div><br /><div align="center">por ele domado diz se tratar </div><br /><div align="center">dum silêncio ensurdecedor.</div><br /><div align="center">Eu, no entanto que não sou sábio </div><br /><div align="center">de nenhuma espécie</div><br /><div align="center">e estou mais que soterrado<br />convenci-me da existência de outra espécie</div><br /><div align="center">de silêncio mais raro e singelo </div><br /><div align="center">chamo-o silêncio sem hematomas</div><br /><div align="center">e é isso ou o berro na cara. </div><br /><div align="center">(Luiz Felipe Leprevost)</div><div align="center"> </div><br /><div align="center"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5471303852484778642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 217px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ81o2oPl1GehNYIw9rl52aQwEmhOJedemHpUf4vKMVUt-yKkOuMxJZqYbF8hZEjSfkS8RTLxb2gPLzeMJqAe3fVst3RpG5JL5RPl4xvZ6CGFxmW_BOke9ZX5gHAoGXyXJbg1XwW575dHJ/s320/Silencio.jpg" border="0" /><br /><div></div><br /><div align="center">"E então Riobaldo disse: O senhor sabe o que o silêncio é? </div><div align="center">- O silêncio é a gente, demais!"</div></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-27326545612063737232010-04-16T21:43:00.000-07:002010-05-14T19:39:12.781-07:00Pipoca e suco<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf-AbA4D_vqd5mRI__2_W5rTHQfn71os9eXZoR4F41Zigwz34L1e1uRyO7gedUpQxUjJ7EWxjiJgAZmQm6h7wYezsVSGRQjFuUdOMZ2IzRCjoHhNCtnYNs7qW38OYbyRRJeWsUV9kj8_JM/s1600/leandra_leal-00a.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5471319460527521330" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 190px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf-AbA4D_vqd5mRI__2_W5rTHQfn71os9eXZoR4F41Zigwz34L1e1uRyO7gedUpQxUjJ7EWxjiJgAZmQm6h7wYezsVSGRQjFuUdOMZ2IzRCjoHhNCtnYNs7qW38OYbyRRJeWsUV9kj8_JM/s320/leandra_leal-00a.jpg" border="0" /></a> Dia desses assisti um filme... Nome Próprio é o título. Na verdade, assisti esse filme por alguns dias, pois tive várias questões a resolver, e enquanto não resolvi, pelo menos algumas, continuei assistindo, por isso, fui aos poucos tbm escrevendo. Hoje resolvi postar. Antes de tudo, minha maior impressão foi a de que Nome Próprio é um filme sobre a paixão. Primeiro a paixão pela escrita, depois pelo resto. A paixão encarnada em um jovem mulher, transbordante e avessa aos limites. LIMITE!!!! O que é lógico e conseqüente, pois esse é ao longo de toda a história da humanidade o problema dos indivíduos: construir seus limites. A "palavra" é um limite - quando escrevemos algo, estamos fazendo uma opção por um significante/significado, (entenderá melhor, quem já estudou o estruturalismo linguistico de Saussure), portanto, excluindo todos os outros. Uma narrativa é um limite, pois exclui outras. Experimentação de limites - quem não se defronta com essas questões não faz arte. Pois ARTE é avessamento. É atravessar a fronteira do lugar comum. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyTKgWxHjfJT9FBk0OyldJ37zn0QbH8XLLXEwA5_AR3t-jTiTflPl5VFbt3ISOILnasXKBi4elNN8ATNrRStnBj-PKM6S0bdv8MJwqESZ3WWXA2vvgBRaQ_brLj0K5N-ZoG_MRJ3ZxC3cY/s1600/nome+proprio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5471318955375780306" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyTKgWxHjfJT9FBk0OyldJ37zn0QbH8XLLXEwA5_AR3t-jTiTflPl5VFbt3ISOILnasXKBi4elNN8ATNrRStnBj-PKM6S0bdv8MJwqESZ3WWXA2vvgBRaQ_brLj0K5N-ZoG_MRJ3ZxC3cY/s320/nome+proprio.jpg" border="0" /></a><br /><br />Lembramos com Foulcault que não existe sujeito nem sexualidade universal, e que os "discursos" sobre o sujeito e sobre o sexo são produções determinadas historicamente<br /><br />É Freud que no final do século 19 postula que sexualidade é prazer. Mas diz que só há um sexo: o masculino. Portanto, mulher com muito desejo é histérica, mulher com muita vontade própria é uma "mala". Mulher que é mulher cuida da casa, dos filhos e de noite é uma gueixa. Perfumada e silenciosa. Só que não goza. Gozo, prazer, é visto como excesso, em ambos os sexos. Hedonismo. Somente a 50 anos atrás, por causa de um evento desejado pelo homem: o controle da natalidade - com a invenção da pílula - a mulher consegue finalmente sua tardia liberdade sexual. Ela enfim tinha um órgão sexual livre do estigma da reprodução e que pode ser usado exclusivamente para seu prazer.<br />Pobres senhores, pois com a liberação sexual da mulher, ela deixa de ser ou reprodutora ou cortesã e passa a ser mulher, essa é a grande transformação do final do século XX - o papel psico-social da mulher e uma mudança fundamental do papel dessa mulher na relação homem/mulher em quaisquer dos campos da manifestação humana. Em vez do grande embate entre capitalismo/comunismo esperado para a segunda metade do século XX, o que aconteceu como mudança radical foi o da "ontologia" feminina.<br />Pelo que parece, a Camila, personagem do filme, é filha da mulher liberada dos anos 70. Ela nasce e cresce consciente de seu corpo e principalmente das suas idéias e seus pensamento<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8IKEwxsg3godWJNuYzCa4Y7SDjt6zTZtOzXtxAQiNXkqrqrFOP_KRCwpCsiK-Ir_aYBDSeNQankosc6weL50lGslH3wFNQpa5Iwd3qdjBs1ISkRnxavhK_qT5bEQlKVK77rogwXON61Gl/s1600/nomeproprio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5471316725076806498" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 217px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8IKEwxsg3godWJNuYzCa4Y7SDjt6zTZtOzXtxAQiNXkqrqrFOP_KRCwpCsiK-Ir_aYBDSeNQankosc6weL50lGslH3wFNQpa5Iwd3qdjBs1ISkRnxavhK_qT5bEQlKVK77rogwXON61Gl/s320/nomeproprio.jpg" border="0" /></a>s. Camila não tem problemas com isso. Ao contrário, vive-os, e muito a fundo. Camila não gosta de levar cantadas idiotas, fica irritada com esse clichê masculino, "a cantada". Porque a mulher agora não pode escolher?<br />Camila transborda na exposição de suas contradições para afirmar sua feminilidade contemporânea. Em seu rito apaixonado de procura por contorno e apego, ela procura apego no chão. Procura descobrir os limites de sua feminilidade em seus ritos mais desesperados de <div><div><div>afirmação. Camila é egocêntrica. Claro que é. Se não for egocêntrica será o quê? Todos começamos nossa jornada egocêntricos. O mundo e a civilização se constrói no embate do egocentrismo com o real. O egocêntrico que não se relaciona com o real morre. É simples assim, morre. Camila sobrevive. É egocêntrica. Mas, devemos ter mais cuidado com os seres que não tiverem em seu ego o seu território bem demarcado. Esse é o perigo do altruísmo. Do bonzinho... O bem e o mal estão dentro. No ser. Portanto cuide do seu ser.<br />"Nome Próprio" trata de um rito de passagem, de um processo, de uma construção de narrativa. Essa narrativa fugiu do banal e embarcou num processo de tentar dar conta da procura de um corpo. Do corpo da escrita feminina e do feminino como criação do novo. Isso torna sua personagem quase que insuportável para as mentes de seres mais opacos.<br /><br />Foi bom o filme... eu gostei.</div></div></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-53617744805057015862010-04-08T16:20:00.000-07:002012-04-19T18:40:28.012-07:00Normal, às vezes.Meu Deus, tenho visto... o mundo é cheio de gente horrível, interesseira, louca, sem caráter. Acho tudo muito esquisito, me sinto super normal às vezes. Mas não sei se o certo seria eu me sentir normal ou anormal. Tenho andado confusa... Acho q isso é um pouco culpa sua, César! A gente não poderia viver muito perto mesmo não. Tem coisas que são m<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirQzBV5iZtRysFtBSTo1R0RZ89oenJl8vuUw15QS6kMSqDgwLBpT1SwTnrYM-dMMumCpcUEieI8kpJ3JOjUnIVhBo_j-OM-zqYSrXl7M8ddZHuqU-VGdid-TDa_N1wqj6FTELK2QPua2K-/s1600/Imagem+563.jpg"></a>uito intensas e certas ao mesmo tempo para não serem dosadas. Têm sido importantes e necessárias todas as conversas, todas as cervejas, todas as vodkas, todos os vinhos, todos os delírios, todas as noites, todas as tardes, todos os cafés, todos os filmes, todas as músicas, todos os risos, todos os choros, todas as palavras, todos os momentos. Vou sentir uma saudade danada!<br />
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<img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5457925592016242178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVOowRSDpu76_q1jpso_MvXfLM8awEVPC5zI-ehwiunveFr_YVL116EoQaPgkHeKDGTevfr23N5dv3m2O5EgPx9b7kXXGNESbUgzkNPWjLThhYbcuB1WgTLLar6Ckc-spodHIuN5qAt9N3/s320/Imagem+563.jpg" style="cursor: hand; display: block; height: 240px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /><br />
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Amo vc! Por tudo, e especialmente, pq a gente dança na sala aqui de casa, pq vc me faz rir, descontroladamente , me deixa felizassa, achando que mesmo com tudo estranho, às vezes a vida é boa e dá tudo certo</div>
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Bjo, meu amigo!</div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-62330246662842807142010-01-26T15:06:00.000-08:002010-01-26T15:56:41.113-08:00Brasil, um país de tolos!Vejam o que Danilo Gentili, do CQC, escreveu a respeito da piada de Robin Williams sobre o RJ e sua escolha como cidade-sede das Olimpíadas de 2016, no programa do David Letterman. <div><div align="center"><br /><strong>"HÁ, HE, HI, ROBIN WILLIAMS </strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUVn6LZS4KWidd4XGPmSW6AR7iKjGHTpe5RELCNPGmnXyA9M5C4RHnSsh-JuCXlXHGFisT8aC-Htl5iyNYleVcALtcbDBrczQc8d4LYRgsGE_ALPCpLW6RWRgs0X8WYidbaBSbkBv0BySJ/s1600-h/brasil.jpg"></a></div><br /><br /><div></div><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431201143378023026" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 241px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQgAUqQtcSVXzuFofUq4mE2hQU1M45B2SbCb9w5K6Ed9roARojs36Vu6JRge4vsNd2dIzZiE96l-0OFJKQSMbXZpPmRDfJPZ2ga5ocb8-mHoD3PYCWUhc4SGI8fZocWa7sbWIsKTT2_iwi/s320/brasil.jpg" border="0" />Uns anos atrás os Simpsons vieram pro Brasil. Homer foi sequestrado. Bart ficou excitado com a loira de shorts enfiado na bunda que apresentava um programa infantil na TV. O menino pobre que a Lisa ajudou não tinha o que comer mas estava muito feliz desfilando no Carnaval.<br />Esses dias Robin Willians falou o seguinte: "Claro que o Rio ganhou de Chicago a sede das Olimpíadas. Chicago levou Michele e Oprah e o Rio levou 50 strippers e 500g de cocaína".<br />Eu ri!<br />Advogados, autoridades e populares se revoltaram nos dois casos. Eles não se revoltam, não se mobilizam, não processam, não abrem inquéritos, não fazem passeatas quanto ao sequestro, pouco importa a loira vagabunda apresentadora de programa infantil, a idiotice do carnaval, o tráfico de drogas e a prostituição que acontecem na vida real bem debaixo dos nossos narizes.<br />Eles se revoltam só quando usam isso pra fazer piada. A piada realmente boa sempre ofende alguns e mata de rir outros por um motivo simples: A boa piada sempre fala de uma verdade.<br />Num País onde aprendemos a mentir, enganar, roubar, tirar vantagem desde cedo a verdade não diverte. Assusta. O cara engraçado pro brasileiro é sempre aquele que fala bordões manjados, dá cambolhatas no chão em altas trapalhadas, conta piadas velhas, imita o Silvio Santos e outras personalidades ou faz um trocadilho bobo mostrando ser um ignorante acerca dos assuntos. Esses bobos passivos nos deliciam porque nào incomodam ninguém! Um cara que faz um gracejo com uma verdade inconveniente pro brasileiro é como o alho pro vampiro. Merece ser execrado.<br />O brasileiro é uma gorda de 300 quilos que odeia ouvir que é gorda. Ela faz um regime pra parar de ouvir isso? Não! Regime e exercicio dão muito trabalho. É mais fácil ir ao shopping, comprar roupa de gente magra, vestir e depois acomodar a bunda na cadeira do McDonalds. O problema é que nem todo mundo é obrigado a engolir que aquela fabrica de manteiga é Barbie, só porque está com a roupa da Gisele Bundchen. Então é inevitável que mais hora menos hora alguém da multidão grite: "Volta pro circo!" ou "Minha nossa! É o StayPuff com o maiô da Dayane dos Santos?". Então a gorda chora. Se revolta. Faz manha.. Ameaça. Processa. Porque, embora ela tenha tentado se vestir como uma magra, no fundo a piada a fez lembrar que ela é mais gorda que a conta bancária do Bill Gates. A auto-estima dela tem a profundidade de um pires cheio de água.<br />Ao invés de dizer que "Robin Williams tem dor de corno", prefeito do Rio, vá cuidar primeiro da sua dor de mulher de malandro. Sabe? Mulher de malandro, sim, aquela que apanha, apanha, apanha mas engole os dentes e o choro porque acha que engana a vizinha dizendo: “Eu tenho o melhor marido do mundo”.<br />Advogados. Vocês já são alvos de piadas por outros motivos. Já que se incomodam com piadas evitem ser alvos de mais algumas delas não processando Robin Williams. Em vez de processo, envie pra ele uma carta de gratidão. Pense que ele estava num dos melhores programas de TV do mundo e só falou de puta e cocaína. Ele poderia ter falado por exemplo, que o turista que vier pra Olimpíadas se não for roubado pelo taxista, o será no calçadão.<br />Poderia também ter dito que o governo e a polícia brasileira lucram com aquela cocaína do morro carioca que ele usou na piada. E se ele resolvesse falar algo como: “As crianças do Brasil não assistirão as Olimpíadas porque estarão ocupadas demais se prostituindo” ?<br />Ah... E se ele resolvesse lançar mais uma piada do tipo: “Brasileiro é tão estúpido que se preocupa com o que um comediante diz, mas não se preocupa com o que o político em quem ele vota faz...”.<br />Enfim... são muitas piadas que poderiam ter sido feitas. Quem é imbecil e se incomoda com piada, não seja injusto e agradeça ao Robin Williams porque ele só fez aquela. E depois brasileiro insiste em fazer piada dizendo que o Português é que é burro."<br /><br /><div></div><div><strong>Lets, minha amiga, obrigada por existir rsrs sempre sacundindo as mentes das gentes! M</strong><strong>e mande sempre textos assim, eu adorei este e aquele sobre o preconceito tbm... quanta hipocrisia é essa tal coisa de ser politicamente correto. As vezes acho que ser policamente correto é preguiça de pensar (e agir) por si mesmo e ter que aguentar as consequencias disso.</strong></div><br /><div><strong>Beijo grande, queridona! E vamos treinando sempre, pra ver se a gente consegue aprender a ser menos tolos. </strong></div><br /><br /><div><strong></strong></div></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-74966574768320651792009-11-16T14:15:00.000-08:002009-11-17T11:02:21.074-08:00Há bem mais sóis crestando entre as estrelas...<div align="left"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEefwGmHvSc2Bbb7w8HqIAAvPX-JmqJ6-4raYJHqibRYTjifxHPDoiZ8q5aXPMFC4KWPDTkTRHtzSCs-8jVbCk-8_ICP-qwmkv0ERZbzAH8rYk5eN2v4T8pTdYhaADsC7ZgKwHMBEeaUNe/s1600/sóis+crestando+entre+as+estrelas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404829218104643106" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 305px; CURSOR: hand; HEIGHT: 276px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEefwGmHvSc2Bbb7w8HqIAAvPX-JmqJ6-4raYJHqibRYTjifxHPDoiZ8q5aXPMFC4KWPDTkTRHtzSCs-8jVbCk-8_ICP-qwmkv0ERZbzAH8rYk5eN2v4T8pTdYhaADsC7ZgKwHMBEeaUNe/s400/s%C3%B3is+crestando+entre+as+estrelas.jpg" border="0" /></a></div><div align="left"> </div><div align="left">No infinito , do vão do espaço, se espaça o tempo, </div><div align="left">não há cansaço ! No infindo imenso de um tempo aço, se espessa o vão que liberta o traço, forte num abraço ! </div><div align="left"> </div><div align="left">Há muito mais do que esperamos ser, tem mais além de onde podemos ver ... Mais muito há do que pensamos ter, além do mais do que queremos crer !<br />Há bem mais sóis crestando entre as estrelas ! Vamos andando por aí ...<br />Brilhar é o espaço siderar !<br />Há bem mais sóis ...<br />Há bem mais sóis, crestando entre as estrelas.</div><br /><div align="center"><br /></div><br /><div align="center"></div><div align="center">Confusos, tentamos vê-las! Confusos, tentamos tê-las ! Confusos, tentamos ser: As estrelas !!! </div><div align="center"><br /> </div><div align="center"><em>( música maraviloooooosa do Mestre Ambrósio)</em></div><br /><div align="center"><br /></div><br /><div align="center"><br /></div><br /><p align="center"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5405148204433964882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg10uNi0My8szNPj1aCygJznxHpQqV_oSpxF3Z8Xc6NGak_XdUgJgo_k_ezEuUU4YZB4gteXduxapTEdnkFdK7h91r-dDRWTlUG_pfhIkaC9Mg2TgzMuFxHfMjZRUpVcFc9lznYpd8zYM8w/s400/PB100078.JPG" border="0" /><em>Apresentação do Grupo Flor de Batuque, </em></p><br /><p align="center"><em>com fugurino da Nega Fulô hihihi</em></p><br /><p align="center"><em>Lindas as meninas-flores!!!<br /></em><br /></p><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Que a semana seja de muitos sois... crestando entre as estrelas!<br /><br />... e muitas flores, e muitas alegrias!<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbgQWwftva0_om5v3XeAj4LFBIG9_9W2hiRsVD8KO-NMcU7BeA3tesGNK1NpQteITA2kP_TNImgsj-1JWZKOrjB7uCeBG3nDT9ZNRf99Bz1cEjJFMGeHbsmQf3vo1T-bMD9t8xEk1jPut_/s1600/PB100078.JPG"></a></p><br /><br /><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbgQWwftva0_om5v3XeAj4LFBIG9_9W2hiRsVD8KO-NMcU7BeA3tesGNK1NpQteITA2kP_TNImgsj-1JWZKOrjB7uCeBG3nDT9ZNRf99Bz1cEjJFMGeHbsmQf3vo1T-bMD9t8xEk1jPut_/s1600/PB100078.JPG"></a>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-23159133485116314462009-11-01T08:45:00.000-08:002009-11-01T10:24:10.007-08:00É, EU CORRO O RISCO!!!<div align="center"><strong>" Se vc nunca sentiu medo, vergonha ou dor é pq nunca correu riscos!"</strong></div><div align="center"> </div><div align="left"> De vez em quando essa sorte do dia aparece no orkut nosso de cada dia rsrs E convenhamos... ela faz o maior sentido. Pelo menos pra mim q morro de vergonha de um monte de coisa q quando vou ver já fiz e não tem mais jeito... pessoas impulsivas, tomadas pela emoção do momento, movidas pelo ímpeto vibratório das sensações repentinas costumam sentir vergonha. Eu sinto!</div><br /><div align="left">Sobre o medo, quando ele aparece, me faz pensar, principalmente a noite, antes de dormir. É desafio pra enfrentar, obstáculos pra superar, atitudes pra tomar.... O medo vive rondando. Mas a covardia, não!!!! Alguém tem idéia da etmologia da palavra covarde? Dei uma olhada agora, pra poder escrever sobre isso, e descobrri que vem do francês antigo, coart, hoje couard, ou cauda arqueada - o popular rabinho entre as pernas. A gente leva uma bordoada daquelas da vida e fica assim, igual a um cachorrinho, com o focinho pra baixo e o rabinho encostado na barriga. Além de ficar com um baita medo de erguer a cabeça outra vez. Vai que lá vem bordoada de novo... Acho que é assim que estagnamos. Portanto, cuidademos do nosso medo, ou ele pode nos vencer! </div><div align="left"> </div><div align="left">Já em relaçõa a dor, essa, graças ao bom Deus, não é uma constante, mas é claro, inevitável, principalmente pra quem "corre o risco". </div><br /><div align="left">Quem corre o risco, sabe que tem q ter a alma limpa e o coração valente. Depois é só ir "fondo" e pronto! Ir fondo???? Calma, deixa que eu explico: - Dizem q essa expressão, "fondo", surgiu com o Garrincha. Não sou especialista em assuntos esportivos, mas me contaram uma vez, que depois de uma brilhante partida, daquelas em que o jogador fez uma sucessão de dribles absolutamente fantásticos e geniais, um repórter de campo, daqueles bem chatinhos, queria que ele explicasse com todos os detalhes como ele tinha relizado tais grandes feitos. E o jogador meio encabulado, explicou: <em>"Olha, eu não sei bem direito, só sei que eu fui fondo, fui fondo, fondo, até que consegui fazer o gol..." </em></div><br /><div align="left">Eu acho q coragem é assim, é quando a gente vai <em>fondo</em> rsrs </div><br /><div align="left">Não importam as dificuldades e as chateações, o negócio é ter certeza de que o caminho é seguir em frente, e que se a gente for pra valer, mesmo com muito medo, esse vai ser o melhor caminho.</div><div align="left"><br /> </div><div align="center"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399193603549620722" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 272px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFgJoGn83LXuRTnWuTF8f8aAEKnMafUN7PlcMLtBqRf4LXxBJu9EuokhqLQ_aHD5FWib37M-kBlQoafeQJlgOC7ag1IGjZipXBhYp_3wbbWkRlN6Y062RKwSKP2TkpLYkNH64ERVDcJx_I/s400/otimismo.jpg" border="0" /><br /><br /><br /><br /><p align="center"><br /></p><br /><div align="center"><strong>"É, eu corro o risco"</strong> é o blog do Guto. Que eu adoro! </div><br /><div align="center">Pq ele é bem humorado, pq ele inventa, pq ele é leve, </div><br /><div align="center">pq seus desenhos falam e riem. Beijo pra ele!</div><br /><div align="center"></div><p><br /><em>Esse post é pra mim mesma rsrs (sério) e pra minha amiga Andréia, que não vai escapar dessa. </em><em>Andréia, minha amora, vc vai ter que correr o risco! Bjo no seu coração</em>!<br /></p><div align="left"></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-10586955369887901022009-10-19T18:48:00.000-07:002009-10-20T07:00:30.406-07:00Tempos Modernos... cansei!!! (mesmo!)Acabo de chegar em casa elééééétrica, depois de uma segunda feira inquieta... Vejam bem a situation: Pra começar é segunda-feira, e isso basta, imagina então, depois de uma semana de saco cheio(cheio não, lotado, transbordante), e primeiro dia de horário de verão ainda por cima! Morri de sono o dia inteiro, e pra conseguir existir hoje, tive que tomar baldes de café, e foi assim, movida a muita cafeína que conseguir sobreviver. Resultado: um zumbi elétrico, insone, sonhando com uma banheira de diva pra afundar no meio da espumar tomando muuuuuuita champangne!!!<br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQVAPvdezHvDZzG97dWHlRoQiEQP1ZUS4KfV9b8TKZBP9Xqsq_QoQXT_oHni5U0HxHEf8L6cGL7xD3E8X-EVSXJTDsgUJFFy_h_9WVMLvVJzYXNC06AAPr5QoJX3KoQSXt7BYymnQ-GJsy/s1600-h/tempos+modernos+1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394514545178379682" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 202px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQVAPvdezHvDZzG97dWHlRoQiEQP1ZUS4KfV9b8TKZBP9Xqsq_QoQXT_oHni5U0HxHEf8L6cGL7xD3E8X-EVSXJTDsgUJFFy_h_9WVMLvVJzYXNC06AAPr5QoJX3KoQSXt7BYymnQ-GJsy/s320/tempos+modernos+1.jpg" border="0" /></a>É verdade! CAN-SEI! Há tempos que tenho me sentido o verdadeiro Carlitos em "Tempos Modernos", sendo devorado pela crise "financeiro-emocional-político-moderna e etcteriana" vivida pelas pessoas nos dias de hoje. "Tempos Modernos" é um filme engraçado, mas não é alegre. Nessa obra prima do cinema mundial, Charles Chaplin descreve a profunda melancolia da vida moderna com boas doses de humor provocadas por seu personagem Carlitos.<br /><br /><br /><div>O relógio, ícone dos dias atuais, "corre corre corre" empurrando o tempo para frente. Os homens enlouquecidos, voam atrás do tempo que não desejam perder. O tempo, rindo de toda essa bobagem, passa ainda mais rápido, deixando os pobres a comer poeira! Enfim, o fato é que nessa eterna luta contra o tempo, os seres humanos desgastam suas relações interpessoais, tornando-as cada vez mais frias, duras e impessoais, merglhadas no pensamento egoísta da época moderna. A rapidez é essencial na vida desses seres modernos. O tempo, sarcasticamente continua rindo: "corram, ou devoro-os!!!!" O homem então constrói máquinas para agilizar e apressar sua vida. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9o_bI34fzOwWZ1OnXHUpIgBNm87HcBFoi5QUPwB16kKhlpYUFhDxTf4cpwFA9Sn6bO33WcMEVoQy9riy0VMQZOI94OUvklUqJGF_DA7LX4VFadPTdZKoGC73oeJo1NgjasCqnUy9jCJ-F/s1600-h/tempos+modernos+3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394514553306150370" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 224px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9o_bI34fzOwWZ1OnXHUpIgBNm87HcBFoi5QUPwB16kKhlpYUFhDxTf4cpwFA9Sn6bO33WcMEVoQy9riy0VMQZOI94OUvklUqJGF_DA7LX4VFadPTdZKoGC73oeJo1NgjasCqnUy9jCJ-F/s320/tempos+modernos+3.jpg" border="0" /></a>Surgem as grandes indústrias, com seu massacrante processo de reprodução mecânica. Máquinas trabalhando, homens desempregados e, é claro, dinheiro para os grandes empresários - donos das máquinas. Para os governos, ótimo: mais dinheiro para suas "máquinas do Estado". Com toda essa confusão, o Carlitos, coitado, enlouquece. Corre como os outros mortais atrás atras de emprego. Mas existe o outro lado da questão que é aonde onde quero chegar. Como quem tem emprego pode se tornar um desempregado, Carlitos também assume o outro lado da moeda. Estando desempregado chega a roubar para comer. É exatamente como disse alguém que eu não conheço, alguém chamado Villegas Lópes, em uma frase que resume tudo isso: "Em Tempos Modernos não temos mais o drama de Carlitos, mas Carlitos vivendo o nosso drama".</div><div>E tem mais, não raras as vezes, o problema do desemprego, acaba colocando em segundo plano, o problema de quem tem um emprego, o qual, meio que "paradoxalmente" (no momento só consigo encontrar essa palavra explicar o quero dizer), transforma a vida do trabalhador num verdadeiro inferno, porque as organizações das empresas ou as políticas de trabalho, mesmo as estatais, só se preocupam em multiplicar a quantidade de seus produtos, a fim de tirar vantagem em tudo, mas não dão a mínima para felicidade de quem os produz!!!!!!!!!!</div><div><br /></div><div>Eu quero banheira de diva (de graça)!!!!! E maquininha de costura (fôfa, igual a da Leleca)!!! Pra costurar minhas idéias secretas e meus planos e sonhos malucos... afinal de contas, não tem jeito, alguém nessa casa vai ter que trabalhar!</div><div><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394518253561295666" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWYOwR8BwEDYUYX8B7bG1Z2J6Hrk5dIQYD2UfbnNBTPSGZ-df6E3F3bC-c-NjLSztgElpbdsH3XU1EyYkXMQ9VVUfq34j1AyMMH5-4x9gpJXPDE1peXZY4uLfdsTKhz6bvpzufADZzkCMz/s200/v%C3%A1rias+610.jpg" border="0" /><br /><div align="center"><em>Esta é a maquininha fôfa da Letícia - A Original!</em></div><br /><br /><div>... por falar em sonhos... meu Deus do céu, tenho que dormir!!!</div><br /><div>bjo de boa noite e sonhos malucos pra todo mundo!</div><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><br /><div></div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-29495502609537833322009-08-04T15:23:00.000-07:002009-08-04T15:40:39.546-07:00Deus é paciência. O contrário, é o diabo."(...) Estremeço. como não ter Deus? Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possível, o mundo se resolve. Mas, se não te mDeus, há-de a gente perdidos no vai-vem, e a vida é burra. É o aberto perigo das grandes e pequenas horas, não se podendo facilitar - é todos contra os acasos. Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois no fim dá certo. Mas, se não tem Deus a gente não tem licença de coisa nenhuma! Porque existe dor.<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYkxGgBBUOxw-cj04JoSFKdi_SrF9AdloV4OfGK67QLzQPdC-RQ7KxtGTg6Cl7qCei67CaKiIOjGgXTK-WuVFIDHUbnlFO_QsfWDaP15gYAtyOH-BIv3GUxHvG2oxq6rwpPMSZ5AgE1-Wu/s1600-h/grande+sertão.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366241102837769122" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 294px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYkxGgBBUOxw-cj04JoSFKdi_SrF9AdloV4OfGK67QLzQPdC-RQ7KxtGTg6Cl7qCei67CaKiIOjGgXTK-WuVFIDHUbnlFO_QsfWDaP15gYAtyOH-BIv3GUxHvG2oxq6rwpPMSZ5AgE1-Wu/s320/grande+sert%C3%A3o.jpg" border="0" /></a>Dor não dói até em criancinhas e bichos, e nos doidos - não dói sem precisar de se ter razão nem conhecimento? E as pessoas não nascem sempre? Ah, medo tenho não é de ver morte, mas de ver nascimento. Medo mistério. O senhor não vê? O que não é Deus, é estado do demônio. Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver - a gente sabendo que ele não existe, aí é que ele toma conta de tudo. O inferno é um sem-fim que nem não se pode ver. Mas a gente quer céu é porque quer um sem fim: mas um fim com depois dele a gente tudo vendo.<br /><br />Se eu estou falando às flautas, o senhor me corte. Meu modo é este. Nasci para não ter homem igual eme meus gostos. O que eu invejo é a instrução do senhor... " <em>(Riobaldo em Grande Sertão)</em>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-39606632417234791802009-08-04T15:14:00.000-07:002009-08-04T15:21:12.626-07:00Sobre a morte"O cortejo dos baianos dava parecença com uma festa. No sertão, até enterro simples é festa.<br /><br />Às vezes eu penso: seria o caso de pessoas de fé e posição se reunirem, em algum apropriado lugar, no meio dos gerais, para se viver só em altas rezas, fortíssimas, louvando a Deus e pedindo glória do perdão do mundo. Todos vinham comparecendo, lá se levantava enorme igreja, não havia mais crimes, nem ambição, e todo sofrimento se espraiava em Deus, dado logo, até à hora de cada uma morte cantar. Raciocinei isso com compadre meu Quelemém, e ele duvidou com a cabeça: - 'Riobaldo, a colheita é comum, mas o capinar é sozinho...' ciente me respondeu."Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1502592618346743906.post-88228561786937197402009-08-04T14:57:00.000-07:002009-08-04T15:11:17.548-07:00e Riobaldo continua....<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwLDoyH3P7YSlpOE-IFaIvjKbLBr-v6SgCsqFSavk4ds0hRhrSxk__3mDuJavMjvMs9qIFnKyoIt_kBK6lwG07lKLaG4SxgtwOG4L4mGSQ7AnaOyHrDAYAddf3eBFubyNZ2JvNiHSuCTg4/s1600-h/o-homem-provisorio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366234288104136850" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 265px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwLDoyH3P7YSlpOE-IFaIvjKbLBr-v6SgCsqFSavk4ds0hRhrSxk__3mDuJavMjvMs9qIFnKyoIt_kBK6lwG07lKLaG4SxgtwOG4L4mGSQ7AnaOyHrDAYAddf3eBFubyNZ2JvNiHSuCTg4/s320/o-homem-provisorio.jpg" border="0" /></a><br /><div>(...) O que mais penso, testo e explico: todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é salvação-da-alma... Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religiaão. aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, pra mim é pouca, talvez não me chegue. (...) Tudo me quieta, me suspende, qualquer sombrinha me refresca. Mas é só muito provisório. Eu queria rezar - o tempo todo. </div><br /><div></div><br /><div>Olhe: tem uma preta, Maria Leôncia, longe daqui não mora, as rezas dela afamam muita virtude de poder. Pois a ela pago, todo mês - encomenda de rezar por mim um terço, todo santo dia e, nos domingos um rosário. Vale, se vale. (...) E estou, já mandei recado para uma outra, do Vau-Vau, uma Izina Calanga, para vir aqui, ouvi de que reza também com grandes meremerências, vou efetuar com ela trato igual. Quero punhado dessas me defendendo em Deus, reunidas de mim em volta...</div><br /><div></div><br /><div>Viver é muito perigoso... querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querer o mal, por principiar. (Riobaldo em Grande Sertão)</div>Renatahttp://www.blogger.com/profile/15526193679425103193noreply@blogger.com0